Você já ouviu falar em afta vaginal? Aquelas bolhinhas bem parecidas com a afta bucal, mas que aparecem na vagina? Muitas mulheres já tiveram essas incômodas visitantes, que causam lesões na vagina.
A afta vaginal é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, chamada de candidíase. Esse tipo de micose é uma das causas mais frequentes de infecção nos genitais.
Além da coceira e do ardor frequentes, ela causa dispareunia, dor durante o coito, e a eliminação de corrimento vaginal.
Este artigo vai te ajudar a entender o que é a afta vaginal ou candidíase, apresentar as características dessa doença, as formas de transmissão e opções de tratamento. Vamos lá?
Afta vaginal ou candidíase
Três em cada quatro mulheres podem ser infectadas pela candida em algum momento da sua vida. Esse fungo costuma aparecer uma semana antes do ciclo menstrual, deixando a vagina e a vulva inchadas e avermelhadas, e pode estender-se até o períneo.
Lesões e muita coceira vaginal podem ser sintomas da candidíase e devem ser tratados com medicamentos receitados pelo seu ginecologista.
A doença se manifesta e cresce em quantidades desproporcionais no momento de queda da resistência do organismo ou quando as defesas na região íntima estão fragilizadas.
Conheça alguns fatores causadores deste tipo de micose:
- uso de antibióticos;
- gravidez;
- diabetes;
- deficiência imunológica;
- uso de anticoncepcionais;
- obesidade;
- uso de roupas justas.
Sintomas atrelados à afta vaginal
Um dos sintomas mais inconvenientes é o corrimento vaginal espesso, semelhante à nata de leite, acompanhado de coceira intensa, com vermelhidão na região íntima.
A candidíase não é considerada doença sexualmente transmissível, porém é classificada como uma doença primária, causada pelo desequilíbrio da flora vaginal.
Como prevenir
Para se prevenir da candidíase é preciso manter o sistema imunológico sob controle, evitar medicamentos como anticoncepcionais, antibióticos, corticóides e esteróides e manter rotinas adequadas de sono e alimentação.
Discuta o uso de anticoncepcional com o seu ginecologista. Utilize antibióticos, corticóides e esteróides apenas quando realmente necessário e orientado pelo médico.
O diagnóstico deve ser feito pelo ginecologista mediante exame ginecológico.
Para ajudar na prevenção, listamos algumas dicas essenciais:
- Use sabonete neutro para lavar as partes íntimas;
- Segue bem as partes íntimas após o banho ou após frequentar praia e piscina;
- Use roupas íntimas de algodão;
- Evite usar meia calça e roupas muito justas, pois impedem a circulação de ar e aumentam a umidade;
- Use camisinha durante a relação sexual;
- Mantenha a região higienizada e evite duchas vaginais.
Formas de tratamento da candidíase
A candidíase, ou afta vaginal, se manifesta de diferentes formas, dependendo do organismo.
O tratamento para esta doença tem efeito entre quatro a seis semanas, à base de antimicóticos. Além da medicação, o paciente deve fazer uma dieta especial, preparada pelo médico e nutricionista. Isso porque a alimentação ajuda a recuperar a saúde e a reconstruir o sistema imunológico.
Há tratamentos com uso de cremes locais à base de antifúngicos, que duram de três a sete dias. Quando o caso é mais grave, é indicado fazer o tratamento via oral, e se houver suspeita de contaminação do parceiro, ele também deverá ser tratado ao mesmo tempo.
Para pacientes que tem candidíase de repetição e não melhoram com o tratamento convencional, é importante sempre investigar como está a saúde geral para termos a certeza de que não há nenhuma outra doença que predisponha ao quadro. Também ajuda a diferenciar de outras doenças que podem causar sintomas semelhantes.
Outras doenças dermatológicas como herpes simples, eritema multiforme e pênfigo podem causar erosão na vulva, assim como a candidíase.
É sempre importante a avaliação do especialista para diagnóstico e tratamento correto.
Para estar bem prevenida contra afta vaginal e outras doenças é necessário mudar os hábitos de alimentação e higiene íntima, além de optar por vestimentas que facilitem a respiração da região íntima. Isso também evita que outros sintomas surjam, a exemplo da foliculite vaginal, que causa coceiras na região íntima. Saiba mais sobre a foliculite neste artigo.