A higiene deve ser algo levado muito a sério, principalmente os cuidados com a região íntima e com doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a pediculose pubiana.
Por se tratar de uma doença transmitida através dos pelos pubianos, segundo especialistas, depilar a região pubiana não é necessário nesses casos, já que não traz benefícios, pois, ter os pelos aparados proporciona a proteção necessária para a área.
Vamos, então, esclarecer neste artigo algumas dúvidas sobre a pediculose pubiana, apresentando seus sintomas e as formas adequadas de tratamento.
O que é Pediculose Pubiana
A pediculose pubiana é uma doença, conhecida também como piolho chato, geralmente transmitida sexualmente e que pode se desenvolver em outras regiões além do púbis.
O parasita responsável pela pediculose pubiana, o piolho chato (Pthirus pubis), pode ser encontrado nas regiões das coxas, tórax, axilas e até no couro cabeludo.
Ele é um ectoparasita, ou seja, vive do lado de fora do nosso corpo. Mede mais ou menos 1mm de diâmetro e tem o formato parecido com o de caranguejo, seu outro apelido. Sua forma é transluzente e por isso é difícil ser identificado a olho nu, a menos que esteja cheio de sangue.
Esta infecção é bem parecida com a que ocorre no couro cabeludo infestado por piolhos, com o mesmo sintoma: a coceira. Ela surge até duas semanas após o contato com o parasita. Além da coceira, podem aparecer bolhas, manchas azuladas e urticárias.
Como se dá a transmissão
Apesar de ser uma doença comumente transmitida via sexual quando o parceiro está contaminado, a pediculose pubiana pode ser conduzida por contato com roupas ou artigos de uso pessoal e íntimo, roupas de cama e toalhas.
Mas, lembre-se: embora seja uma DST, o uso de camisinha não impede a transmissão, pois no momento do ato sexual apenas o pênis está recoberto e toda a área pubiana exposta.
O piolho chato não voa e não pula, por isso, para haver transmissão é necessário contato íntimo entre as regiões pubianas para que ele passe de um pelo para o outro.
Não há registros de infestação em animais peludos, sendo descartados como foco de transmissão da doença.
Qual tratamento indicado
Para diagnosticar a doença é necessário atendimento médico, o mais rápido possível, feito com a observação das lêndeas e piolhos na base do pelo pubiano.
As picadas dos piolhos podem causar feridas que são facilmente detectadas pelo especialista.
Há registros eficazes de uso de medicamentos de combate à escabiose, que servem para eliminar os insetos já adultos e também para extinguir os ovos que ainda não se romperam.
A aplicação deve incluir áreas como as coxas, tronco e axilas, mas deve ser acompanhada somente pelo médico responsável.
Recomendações
Os parceiros sexuais infectados com a doença devem fazer o tratamento ao mesmo tempo para evitar infecção cruzada. Quem convive com o portador da doença também deve realizar o tratamento preventivo.
Para evitar a reinfestação é recomendável descartar as roupas infestadas com o piolho e ter alguns hábitos higiênicos mais saudáveis, como:
- Trocas de roupas pessoais e de cama diárias;
- Lavar as roupas a seco ou em água quente;
- Ter cuidado com a medicação (prazos);
- Identificar se há alguém na família com a doença, para buscar tratamento adequado.
Se você suspeitar de algum sintoma com semelhanças ao da pediculose pubiana, ou qualquer outro ligado à região íntima, não exite em procurar um médico! Ah, e aproveita para ler mais sobre higiene íntima e cuidados com a região, muito importantes para a rotina feminina.