Depressão vaginal: entenda o que é e como tratar

Você sabia que mulheres podem sofrer com depressão vaginal? Esse problema é pouco conhecido, motivo pelo qual é muito difícil saber se foram acometidas por ele. Em decorrência disso, apresentam sintomas que incomodam, mas não procuram auxílio. Veja a seguir o que é depressão vaginal, quais as causas e os sintomas do problema, assim como o tratamento!

O que é a depressão vaginal?

A  depressão vaginal, mais corretamente chamada de vulvodínia, é uma condição que afeta cerca de 16% das mulheres, sendo mais comuns em mulheres jovens entre 20 e 30 anos. Apesar de ser menos conhecida, ela é mais comum que a endometriose e o câncer de mama.

E o que exatamente ela é? Um quadro de dor crônica na vulva sem causa aparente. A mulher não apresenta irritação, inflamação ou qualquer outro tipo de problema. Por isso, até há pouco tempo, o problema era considerado como uma mera “manifestação mental” da mulher. Muitos médicos rotulavam-nas como tendo medo de relações sexuais ou outro distúrbio psicológico.

Diante desse quadro incerto, é muito difícil diagnosticar a vulvodínia, já que não há teste específico. É um processo de eliminação.

Quais os sintomas e as causas do problema?

A mulher com depressão vaginal pode apresentar alguns sintomas, como dor (queimação, agulhadas, pontadas), sensação de calor, coceira na região da vulva ou na entrada da vagina, ou ardência. E tudo isso sem causa aparente! A dor pode ser difusa ou concentrada, ou ainda aparecer só com o toque. Todos os sintomas podem ser constantes ou aparecer em crises.

As causas podem ser variadas, como:

  • Relações sexuais sem lubrificação devida;
  • Trauma decorrente de abuso sexual;
  • Trauma após parto normal;
  • Estado emocional;
  • Mulheres com antecedente de inflamações vaginais (candidíase) ou de herpes genital de repetição
  • Concentração muito maior de nervos no vestíbulo vulvar, o que torna a região hipersensível.

A partir do momento em que a depressão vaginal aparece, os nervos podem ficar em um estado de hipersensibilidade. E não há tempo de duração definido. Essa sensibilidade pode permanecer por meses ou anos, o que leva a problemas contínuos.

Para se ter uma ideia, algumas mulheres sentem tantas dores decorrentes da vulvodínia que não conseguem sequer usar absorventes internos ou coletores menstruais. No mesmo sentido, as dores durante a relação sexual podem comprometer seus relacionamentos.

Portanto, as consequências da doença não são meramente físicas, podendo causar abalos psicológicos.

Existe tratamento?

Diagnósticos precisos às vezes não são possíveis, e a associação com distúrbios psicológicos é frequente.

Uma pesquisa do Royal College of Obstetricians and Gynecologists concluiu que doses baixas de antidepressivos aliviam a condição em alguns casos, por tratar a dor de origem neurológica.

 

A depressão vaginal é um problema comum, porém infelizmente pouco abordado por acometer a região genital. É preciso ficar atenta a qualquer tipo de dor na área íntima e procurar um médico quando isso ocorrer. Na maioria das vezes é possível solucionar o problema, então pra que ter dor!?

Uma causa frequente de dor é a atrofia vaginal. Você conhece? Veja mais no blog!

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Dr. Luiz Perez

About Dr. Luiz Perez

Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica Aperfeiçoamento em Sexualidade Humana – ProSex IPq-FMUSP

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