O anel vaginal é um método contraceptivo que ainda não é tão conhecido por grande parte das mulheres. Muitas não sabem, por exemplo, que a eficiência deste método é de 99% e pode ser uma ótima solução para quem não se dá bem no controle da pílula anticoncepcional.
Mas, se você é uma dessas pessoas que possuem dúvidas sobre o uso do anel vaginal, não se preocupe! Neste artigo iremos explicar tudo o que você precisa saber sobre esse método contraceptivo. Vamos lá?
O que é o anel vaginal
O anel vaginal é um dispositivo que evita a ovulação através do efeito dos hormônios presentes nele. Muito parecido com uma pulseira ou fita elástica, o anel é pequeno, flexível e de superfície lisa e transparente feito de polietileno vinil acetato.
Depois de inserido na vagina, aos poucos começa a liberar os hormônios progesterona e estrogênio no organismo, evitando que os ovários liberem os óvulos.
Com isso, o muco cervical torna-se mais espesso, fato que impede que o esperma chegue até o óvulo. Logo, ainda que haja ejaculação no interior da vagina, durante o ato sexual, o espermatozóide não tem um óvulo para gerar fecundação e gerar a gravidez.
Como funciona e qual o período de uso
O anel vaginal é colocado em formato de um 8 na parte superior da vagina, uma região elástica e que não é sensível ao toque, do quinto dia da menstruação até três semanas após, ou seja, 21 dias.
Depois desse período, ele precisa ser retirado, deve-se fazer uma pausa de uma semana e então é inserido um novo anel.
O anel não interfere nas relações sexuais, inclusive pode deixar a sensação de rugosidade na vagina, o que pode ser mais agradável para o parceiro.
É importante saber que se o anel vaginal permanecer fora da vagina por mais de três horas ou ter uma recolocação errada, há incidências de que a mulher ovule normalmente. Nesses casos, relações sexuais desprotegidas sete dias antes ou depois do episódio podem levar à gravidez.
Caso a mulher que utiliza este dispositivo não tenha apenas um parceiro sexual, deve-se utilizar também a camisinha como forma de prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis – DSTs.
O anel não cai da vagina, porém pode ocorrer uma expulsão involuntária quando não fixado corretamente ou durante a relação sexual, ou, ainda, em casos de descida do útero pelo interior da vagina (prolapso uterino). Caso isso aconteça, ele tem de ser lavado em água fria com sabão e ser inserido novamente.
Para garantir o uso adequado do anel, vale a pena procurar ajuda ao ginecologista para aprender a forma de inserção, permitindo que o anel fique bem posicionado e funcione corretamente.
Existem contraindicações?
Sim! O método não é indicado para mulheres que tenham diagnósticos ou períodos como:
- Doenças no fígado;
- Câncer de mama;
- Riscos de trombose;
- Suspeitas de gravidez;
- Fumantes;
- Hipertensão ou diabetes;
- Cefaleias ou alterações neurológicas;
- Alergia a algum dos componentes;
- Que estejam amamentando.
A mulher que utiliza o anel vaginal não deve tomar a pílula, pois isso aumenta a concentração dos hormônios no organismo, visto que este método também utiliza hormônios para impedir a ovulação.
Embora seja um dos métodos contraceptivos mais eficaz, o anel vaginal ainda não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde – SUS, portanto, deve ser comprado em farmácias sob orientação do seu ginecologista.
Conversar com o seu médico é fundamental para que haja uma avaliação precisa do seu histórico.
Agora que você já aprendeu sobre o anel vaginal, confira esse artigo e conheça um pouco mais sobre o corpo feminino.