Faz parte da nossa cultura a concepção de que envelhecer é ruim. Sejamos realistas: se pudéssemos, viveríamos para sempre na juventude; dispostos, animados e ativos. Mas a vida possui uma natureza própria e, em vez de sofrermos com isso, é mais sensato experimentar cada fase da melhor maneira possível.
Sem essa que está tarde demais para alguma coisa! A idade está na mente, e sua alma só envelhece se você permitir. O corpo entra em um processo de envelhecimento natural e se modifica: a mulher pára de menstruar, o nível de progesterona cai e a sua sexualidade muda, principalmente pela transformação do órgão reprodutor feminino.
A vagina passa a ser menos lubrificada e adquire novo aspecto. Isso pode afetar diretamente a vida sexual da mulher, mas é possível reverter esse quadro e ter uma vida sexual ativa. Os recursos atuais da medicina são diversos e a falta de lubrificação feminina pode ser tratada.
Por que a falta de lubrificação feminina acontece?
A secura vaginal é a diminuição ou ausência de umidificação natural da vagina. A principal causa é a queda dos níveis de estrogênio, hormônio determinante para a manutenção da flora vaginal saudável e com pH adequado. A redução do hormônio pode acontecer com a entrada na menopausa, onde há a pausa na função ovariana; na fase de amamentação ou no uso prolongado de anticoncepcional. Por isso, é comum que na menopausa as queixas de ressecamento sejam maiores.
Na amamentação, há o aumento de produção da prolactina, hormônio relacionado à produção do leite, que é antagonista da produção de estrogênio. Ou seja, quanto mais prolactina, menor será a produção de estrogênio. Sendo assim, a amamentação também é uma das principais causas.
Ah, é importante saber que com a diminuição do estrogênio, a mucosa vaginal sobre-atrofia. Assim, seus vasos são reduzidos e não ocorre a passagem de líquido de dentro dos vasos para a mucosa.
Mas outros fatores também estimulam essa disfunção:
- Estresse e cansaço;
- Determinados medicamentos como antidepressivos, anti-hipertensivos e vasoconstritores;
- Distúrbios hormonais e do ovário;
- Infecções vaginais;
- Fazer a higiene íntima demasiadamente;
- Fumar, devido ao efeito vasoconstritor induzido pela nicotina;
- O consumo de álcool, fonte de desidratação do corpo.
Quais as principais causas da falta de lubrificação feminina?
O ressecamento vaginal também pode estar relacionado a doenças pontuais, como a Síndrome de Sjogren, ou a alterações causadas por germes e doenças que se aproveitam da flora íntima irregular ou de alterações hormonais e imunológicas. Saiba mais a respeito:
- Síndrome de Sjogren: uma doença imunológica rara que causa ressecamento de todas as mucosas corporais, incluindo a vaginal. Apesar de infrequente, é importante que o médico conheça essa doença, pois a pessoa portadora terá muito alívio se receber o diagnóstico e tratamento adequado;
- Infecções vaginais: com a alteração no estrogênio, doenças como herpes genital, candida albicans e gardnerella vaginalis podem surgir. Estes são germes “oportunistas” que se desenvolvem na região genital aproveitando que a vagina e a vulva estão desprotegidas da película líquida que se mantém normalmente. Com a baixa hormonal, essa película se torna mais delgada, permitindo a invasão celular por estes germes.
- Vulvite e vaginite: são infecções genitais mais relacionadas à falta de lubrificação feminina. Elas alteram as características da mucosa genital, reduzindo a lubrificação, e também podem ser responsáveis por coceira, odor forte e até ardência ao urinar.
É comum haver falta de lubrificação em mulheres jovens?
Sim. Em mulheres jovens, a falta de lubrificação pode chegar precocemente por causas genéticas — como a falência ovariana prematura, causada por um fator genético que afeta o cromossomo X, como a Síndrome de Turner ou por procedimentos como a quimioterapia — ou menopausa precoce, induzida por medicamentos como anticoncepcional e antidepressivos que reduzem a libido.
Nestes últimos casos, a maior queixa está relacionada à dor durante a relação sexual. Isso porque, sem desejo, as mulheres não produzem o muco necessário para que a penetração ocorra sem dor.
Pacientes que reclamam da falta de lubrificação durante o sexo são comuns no consultório. Trata-se, no entanto, de uma queixa pouco valorizada por médicos ou subtratada com gel e cremes vaginais que não são efetivos. apenas paliativos. Para essa queixa, somente o laser íntimo consegue oferecer alívio duradouro.
Quais os principais sintomas e como tratar?
Os principais sintomas da falta de lubrificação feminina são:
- Dor e sangramento durante a relação sexual;
- Coceira;
- Queimação ou ardor vaginal;
- Dificuldade para urinar;
- Infecções.
Como prevenir a falta de lubrificação feminina?
Alguns cuidados são aconselháveis:
- Usar sabonete com pH neutro, no máximo duas vezes por dia;
- Trocar tampões e absorventes com frequência durante o ciclo menstrual;
- Evitar o uso de roupas apertadas e preferir calcinhas de algodão;
- Manter uma vida sexual ativa, pois melhora a circulação sanguínea nos órgãos genitais e previne a atrofia;
- Praticar atividades físicas e manter uma alimentação saudável.
Quais os tratamentos mais adequados?
- Lubrificantes para a relação sexual;
- Hidratantes vaginais;
- Pomada ou cápsulas vaginais de estrogênio (estimulam o aumento do tecido celular vaginal e o restabelecimento do pH);
- Reposição hormonal;
- Tratamento a laser: a novidade no mercado é o LASER ATHENA®, que estimula a resposta cicatricial local e aumenta a hidratação natural da região, induzindo ainda ao efeito de contração de colágeno. É indolor, seguro e duradouro. O procedimento mais procurado pelas pacientes aqui no meu consultório.
E por que o laser é um bom tratamento para este caso? A lubrificação da mulher acontece pela dilatação dos vasos da vagina que permitem a passagem do líquido. Como o laser promove o aquecimento térmico da região, os vasos se dilatam e melhora da lubrificação é imediata! A paciente já sente melhora dias após a sessão.
A longo prazo, o laser promove a formação de tecido novo, rico em vasos que faz manter a melhora do quadro. As pacientes que se queixam de ressecamento vaginal realmente ficam muito felizes com a melhora da qualidade de vida e vida sexual após as sessões!
O corpo sofre mudanças, mas isso não quer dizer que precisamos perder nossa qualidade de vida. Temos à disposição inúmeros tratamentos e informações para viver melhor durante toda a vida.
Outro fator que incomoda muito as mulheres é a flacidez vaginal. Saiba aqui o que é e se existe tratamento para essa condição!