Quando se ouve alguém falando que tem alergia à camisinha, muita gente pensa que é uma desculpa para fazer sexo sem proteção. Entretanto, esse é um problema bastante comum, uma vez que o material utilizado na confecção do preservativo pode, de fato, causar alergia. Veja alguns pontos relevantes sobre o tema, especialmente os métodos contraceptivos alternativos que podem substituí-la!
Alergia à camisinha
Sempre que o organismo entra em contato com determinadas substâncias e reage com sensibilidade exagerada, repulsa ou aversão estamos diante de uma possível alergia. Muitas pessoas têm alergia a mofo, poeira, medicamentos, minerais, alimentos. E também alergia à camisinha.
Boa parte dos preservativos são feitos à base de látex (tipo de plástico), que contém uma proteína derivada da seringueira que pode causar alergia durante o uso da camisinha. São dois os tipos de alergia:
- Tipo 1: reação imediata, que é mais grave e pode provocar asma, rinite ou até choque anafilático.
- Tipo 4: dermatite de contato, que é a alergia mais localizada, que causa desconforto na região da vagina ou do pênis.
Sintomas da alergia à camisinha
A alergia à camisinha possui alguns sintomas que variam conforme o tipo apresentado. No tipo mais grave, a irritação ocorre em até 5 minutos após o contato com a camisinha, e as erupções cutâneas após 1 hora. Nesse caso, é preciso procurar um médico imediatamente, já que o perigo de choque anafilático existe.
No tipo 4, o contato com o látex provoca vermelhidão, coceira, ardor e até feridas no local. O desconforto pode ser notado durante a relação sexual ou após. Ao identificar a irritação, é preciso marcar uma consulta com o médico. O especialista realiza alguns testes para ver a reação do corpo quanto ao produto, como aplicar uma gota de extrato de látex na pele.
Tratamento da alergia à camisinha
A imunoterapia é um dos tratamentos para alergia à camisinha e ela promoverá o aumento da tolerância ao látex. Para a dermatite de contato e para a reação imediata, o especialista pode receitar pomadas ou medicamentos anti-alérgicos.
Entretanto, é importante investir na prevenção. Por isso, recomenda-se testar outros tipos de camisinha, como os comuns, que não possuem adição de lubrificantes, cores ou essências. Existem também as camisinhas sintéticas, que são difíceis de encontrar por serem importadas, mas costumam ser vendidas em farmácias.
Métodos contraceptivos alternativos
Ter alergia à camisinha não é motivo para se descuidar nas relações sexuais. Por isso, é possível adotar outros modelos de preservativos, feitos com poliuretano (a camisinha feminina é feita com esse material, livre de látex), ou o modelo “sensitive”. A eficácia é a mesma, e não custa lembrar que a camisinha é a única forma de se proteger contra várias doenças sexualmente transmissíveis.
A alergia à camisinha é uma situação comum para homens e mulheres que utilizam preservativo à base de látex. Diante dos sintomas, é preciso procurar um médico para realizar um tratamento, e trocar o modelo da camisinha para algum que não possua a substância que provoca irritação. Outras alergias em regiões íntimas também são comuns, como a alergia a absorvente. Saiba mais!