Por que a sexualidade feminina ainda é tabu?

sexualidade feminina

O ano é 2019, e a sexualidade feminina ainda é tabu. Apesar de todos os avanços da sociedade e as conquistas das mulheres nos últimos anos, ainda convivemos com esse estranhamento em relação ao nosso corpo.

Mesmo que uma mulher tenha um discurso de liberdade consigo mesma, inconscientemente trazemos essas “travas” colocadas sobre o corpo feminino. E por que isso acontece? O que fazer para mudar essa percepção na sociedade e em si mesma?

Motivos pelo qual a sexualidade feminina é um tabu

Cultura religiosa

As religiões cristãs são as mais professadas ao redor do mundo. Muitas delas acreditam que nós, mulheres, somos uma extensão do homem (mais especificamente, da costela de Adão). Nossa sociedade foi construída baseada nas religiões, e a reprodução desses discursos é um dos motivos pelo qual a sexualidade feminina ainda é tabu. O conhecimento sobre nosso próprio corpo é visto como algo errado por muitas religiões.

Essa cultura religiosa repressora influencia diretamente no desenvolvimento sexual das mulheres. Em pesquisa da USP, publicada pela Veja/SP, constatou-se que 40% das mulheres nunca se masturbaram. É apenas um retrato sobre como os dogmas religiosos afetam o corpo feminino.

Sociedade machista

Uma sociedade machista é aquela em que os homens têm privilégios se comparados às mulheres. Infelizmente, vivemos em uma. Conseguimos o direito ao voto há pouquíssimos anos, não há igualdade salarial e nossa representatividade política é muito menor. E, certamente, essa cultura também contribui para que a sexualidade feminina seja um tabu.

E isso se expressa em algumas formas, que vemos a seguir.

“Desinteresse científico”

Você sabia que se acreditava que a histeria (tipo de neurose) era uma doença exclusiva das mulheres? Esse pensamento permaneceu desde a Grécia Antiga até o final do século XIX, quando dois psicólogos (dentre eles, Freud) associaram a doença a causas psicológicas e não físicas. Até o século XX, o orgasmo feminino era desconhecido.

A ginecologia como especialidade médica surgiu muito tarde, motivo pelo qual a sexualidade feminina não tinha sido muito explorada. Além disso, em seu início, estudava a mulher como corpo destinado à reprodução somente.

Foi no século XX que a sexologia avançou, e o movimento feminista surgiu. A mulher começou a ser vista como agente e sujeito de prazer sexual. A partir de então, a saúde sexual da mulher passou a ser considerada nas esferas médicas e sociais.

Falta de protagonismo da mulher

Outro comportamento que decorre do machismo da sociedade é a falta de protagonismo da mulher em relação à sua sexualidade. Por influência cultural, a mulher não se permite tomar a iniciativa durante o sexo, acreditando que isso deve partir do homem. Em muitos casos, isso é inconsciente, mas não deixa de ser um comportamento que retrata a sexualidade feminina como tabu.

Aliás, a mulher que toma a iniciativa é socialmente taxada com diversos termos pejorativos em boa parte dos casos, infelizmente.

A mudança de percepção

Para mudar a percepção acerca da sexualidade feminina na sociedade, é preciso começar por si mesma, sendo a mulher a precursora desta mudança. E o primeiro passo é conhecer seu próprio corpo. Isso contribui para que ela compreenda sua liberdade de escolha e seu direito ao prazer.

É muito importante que exista um diálogo aberto com o ginecologista, pois ele é um importante ator social para a mudança destas percepções na sociedade. A partir das demandas das pacientes, surge um maior interesse dos profissionais em investigar a saúde da mulher e os benefícios disso, virão com o tempo.

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A sexualidade feminina não deve ser um tabu, porque é uma questão de saúde. Se você se conhece, sabe que deve ter cuidados com sua saúde íntima, que é outro tabu que precisa ser quebrado.

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About Dra. Valéria do Lago Pareja Guerra

A ginecologista Valéria do Lago Pareja Guerra atua na Clínica Valéria Guerra, que fica em Dourados, MS. Seu contato é (67) 3422-3703. Também é possível entrar em contato pelo celular ou Whatsapp no número (67) 99972 1216. Ela oferece o tratamento íntimo com LASER ATHENA. Sua formação inclui: - Medicina pela Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná - Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná - Titulo de especialização em Ginecologia e Obstetrícia - Mato Grosso do Sul - Formação em Videolaparoscopia Ginecológica - Pós-graduação em Medicina Estética pela Fundação de Apoio a Pesquisa e Ensino em parceria com a Faculdade de Ciências de São Paulo FAPES/ FACIS - Docente do Curso Médico de Cosmetoginecologia Gynelaser - Brasília DF

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